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Contemplado pelo Edital SEDAC nº 32/2024 – PNAB RS – MÚSICA, financiado pela Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura, o projeto de autoria de Bruna Paulin realizará três shows com performances inéditas em Porto Alegre. 

Convocatórias para shows de abertura e propostas de oficinas estão abertas até 30/5

Materiais para imprensa:

Imprensa – A Voz e a Vez Delas

O cenário musical e toda sua cadeia produtiva são, historicamente, construídos majoritariamente por homens. É difícil vermos mulheres na técnica, coordenando montagem de palco, assinando som e luz, menos ainda como roadies, por exemplo. Elas são mais frequentes nos bastidores, nas áreas de produção e comunicação ou em outras funções no papel de assistentes.

É neste contexto que nasce o projeto A Voz e a Vez Delas, uma mostra inédita em Porto Alegre, para promover a representatividade feminina na música. A iniciativa da artista, comunicadora e pesquisadora musical Bruna Paulin, quer inspirar mulheres e pessoas trans para que se sintam capazes de se inserir em qualquer área do mercado da música, não somente como intérpretes, mas também assinando suas obras e ou atividades técnicas.

O projeto foi lançado na manhã desta quarta (30/4), em café da manhã para convidados na sala Luis Cosme, na Casa de Cultura Mário Quintana. Na ocasião foi apresentada a programação, que inclui três shows gratuitos no mês de julho, além de oficinas.

A Voz e a Vez Delas reunirá nove artistas do Rio Grande do Sul em apresentações colaborativas nos dias 4, 10 e 16 de julho, na Sala Carlos Carvalho (CCMQ). Cada noite contará com três blocos: show de abertura com novas artistas selecionadas via edital; performances solo das artistas convidadas; e um momento de encontro no palco, com repertório criado coletivamente.

As artistas selecionadas pela curadoria formada por Bruna Paulin, Brenda Vidal e Marilia Feix são: Adriana Deffenti e Loma Pereira; Viridiana e Jessie Jazz; e Paola Kirst e Camila Lemos. Os shows de abertura serão realizados por artistas sem álbum lançado, selecionadas via chamada pública, aberta a inscrições até 30 de maio. Todos os espetáculos terão intérpretes de Libras e duração de 120 minutos.

Além das apresentações musicais, o projeto contempla encontros criativos com as artistas, estimulando e inspirando suas possibilidades de composição, oficinas técnicas voltadas à formação de profissionais da música e a produção de conteúdo audiovisual que documenta o processo de criação. As oficinas, também escolhidas por edital, abordarão temas como composição, produção musical, gestão de carreira e técnicas de iluminação e som, entre outros, e estão sendo selecionadas através de inscrições até 30 de maio. Os encontros ocorrem nos dias 01, 08 e 15 de julho, também na CCMQ.

Segundo Bruna Paulin, A Voz e a Vez Delas nasce da urgência de ampliar a representatividade feminina em todas as etapas da produção musical: “O projeto busca criar conexões entre diferentes gerações, regiões e estilos, oferecendo não só espaço de visibilidade, mas também de criação e troca entre artistas que se identificam com o gênero feminino.”

A mostra se estrutura como uma vitrine de talentos e uma ação afirmativa em um cenário historicamente dominado por homens. De acordo com o estudo “Por Elas Que Fazem a Música”, da UBC (União Brasileira de Compositores), apenas 10 mulheres estão entre os 100 maiores arrecadadores de direitos autorais no país, e apenas 9% das artistas associadas à UBC vêm da região Sul.

A Voz e a Vez Delas é uma iniciativa que busca mudar esse cenário, oferecendo formação, visibilidade e conexão para artistas e profissionais mulheres e pessoas trans do Rio Grande do Sul. Os conteúdos produzidos ficarão disponíveis nas redes sociais e canal do YouTube do projeto. 

A curadoria, equipe técnica e artistas convidadas apostam na potência do encontro para a criação de novos repertórios e novas redes de apoio e produção no estado. “É um convite para enxergarmos e valorizarmos nossos talentos e habilidades, incentivando que mais mulheres ocupem todos os espaços da cadeia da música, da criação à técnica, da produção à direção”, afirma Bruna.

Dona Flor Comunicação

Raphaela Donaduce Flores | jornalista

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